"Caraças de cabelo o meu
Que raio de pelo
Valia mais tapá-lo
Disse-me eu
Valia mais cortá-lo
Disse-me ele
(o meu cabelo, claro)
Cortei-o
À escovinha
Nem a largura de um dedo
Soldado raso, parecia eu
Choveu
Deu um frio danado
A falta que me fazia o marafado
Nem penses que eu não cresço
Nem um dedo
Dizia-me ele
(o meu cabelo, pois)
Hoje decidi-me
De hoje e para todo o sempre
De hoje até à eternidade
Depois que desapareçam as estrelas
Depois que sejam só buracos negros
Anãs brancas
Dessas coisas estranhas
Hoje mesmo, tapo-o
Arrumo este malvado
Compro um monte de chápéus
Com abas
Com fitas de cores
Toucas
Boinas
Bonés à Corto Maltese
Cofiós dos negros
Fofos em palhinhas finas
Cinzentos, azuis
Vermelhos, pretos
E verdes
Chapéus verde alface com plumas
Sim, cabelo meu
Fica sabendo
De hoje para a frente
Nem um pelo deixo ver-te
Ficas tão airosa de chapéu
Disse-me ele
(o meu cabelo,
quem havera de sê-lo?!)"
.
(o cabelo é meu, o poema, da Fátima)
Mena:
ResponderEliminarUm poema muito profundo, que eu entendo bem.
Afinal enganei-me mas tal como o pasto ele cresce quando a Primavera.
Fazemos dele o que queremos ou o que nos querem fazer.
Áfinal há chepéus lindos e o tempo deles não passou ainda. Agora até estão bem na "moda"
Beijo
Maria
Vamos os dois experimentar chapéus? ;) Um grande beijo!
ResponderEliminarExcelente, adorei!
ResponderEliminarGostei da foto!
ResponderEliminarBoa composição e enquadramento!
Já gora, realmente as aparas de lapis lá no meu blog... nem tinha reparado nelas... :)
Depois quero ver a pintura da foto ;)
Cumps
Muito boas as fotos e o texto. Tenho estado com dificuldades em postar comentários.
ResponderEliminarVasco:
ResponderEliminarBora lá experimentá-los!
Onde?
(Obrigada pelo teu comentário nas minhas meninas...)
;)
Marco reis:
ResponderEliminarcostumo ser lenta nos desenhos, mas cumpro...
;)
Há-de sair.
Expresso:
ResponderEliminaros comentários tem estado uma confusão.
a foto está divina
ResponderEliminar(e o texto: de quem é? não funciona o link)
:)