"Da infância, lembro-me do casaco de fazenda e o cachecol. A mãe a vestir-me com cuidado, a artilhar-me com tudo e mais as botas, que chovia sempre. Prendia-me a ela com mão forte para que eu não mexesse em nada indevido. O primeiro cheiro era sempre a mistura da batata doce com polvo assado e castanhas. Depois os brinquedos. Os alguidares de barro, mais os fogareiros e mealheiros. Os tachinhos de alumínio, panelas, fervedores de leite e afins, todos pequeninos. Mesas e cadeiras de madeira com cores doces. De lata, o fogão com forno ou não, a tábua de passar e o ferro, a máquina de costura. Tendas iluminadas por candeeiros a petróleo. E eles sempre a chamar por mim. E ela sempre a me puxar. Sem nunca largar. O carrossel era a etapa final. Só me soltava a mão no momento exacto em que me sentava no banco. E eu que sonhava tanto ir no cavalo…"
O colar de bolotas, o saco de pinhões e o torrão de alicante.
(Hoje só vi o torrão de alicante)
Eu que adoro Torrão de Alicante!...
ResponderEliminarAs feiras da minha terra eram mais ou menos ssim, só que a minha mãe nunca ia e o grupo de amigas era muito grande. Nessa altura o carrocel era a minha tentação.
Foi por causa dele que comecei a gostar de "cozido à portuguesa".
Bj
Maria